Descanso.

Postado por N. , sexta-feira, 21 de agosto de 2009 07:53

Derramei,
gota a gota,
derramei essa febre.
Engoli a dor
passando por essa garganta
que não geme, não grita.
A cama acalmei.
Dormir é bom, quem não gosta?
Que o sonho não se quebre.
Não tenho pavor
protegida pela fina manta
que me abriga.

.

Postado por N. , terça-feira, 18 de agosto de 2009 20:27

Eu queria encontrar esse momento
mas comigo não tem
eu to na euforia
ou não to pra ninguém

Ai aproveito enquanto posso
os sorrisos sem remorsos
durmo enquanto escuro
não darei a cara pro muro

Não me afobo em ser maduro
nem me manifesto conteúdo
apesar de ter tudo
meu lema e ser sortudo

III

Postado por N. , quinta-feira, 13 de agosto de 2009 19:10

É sina de traumatizado,
ficar atento ao vento desarmado,

temendo o tempo
e o amontoado
de sonhos que se tem acumulado.

Por não amar a si demais,

sem forças nem para
seus ideais.
Esqueceu a felicidade simples,
procurando a tristeza complicada.


Tentando entender outras [mente]s

com a sua desleixada.
Não tem mais forças pra sonhar

e queria estar Acordada.

I

Postado por N. 18:53

Tiram-te as asas
não podes fugir.
Destroem até as carcaças,
mandam os urubus consumir.

Em meio a tantos corpos
só te resta torcer.
Eles vão te escolher
para representar os farrapos?

Existe saída,
letras e sonhos
na vida constituída
de gritos em tons medonhos.

Faz isso.

Postado por N. 18:39

Deixa-me fingir que
não te conheço sempre que passas,
e poder sentir a liberdade
de uma lembrança apagada.

Tirar meus passos da tua cabeça,
meus sapatos da tua mesa,
meus dedos do teu corpo,
minha alma da tristeza.

Faz isso, Faz isso,
por que eu não consigo! suplico!
Vício.
Faz isso.


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Obs: Tava vasculhando meu caderno de 2007 e encontrei isso. Antigo demais.

Postado por N. , domingo, 2 de agosto de 2009 17:01

Eu vejo aquelas costas magras pelo meu caminho, escapulas ressaltadas, rosto desconhecido. O corpo dele é magro, desengonçado, como quem acabou de aprender a correr. E o Vento.
- O Vento vai leva-lo pra longe!! Segure-se menino!
Se agarrando na areia fina que escorre nas falanges dos dedos, dedos pequeno e magros, pelo que pude ver. Quero chegar mais perto, conhecer, fazer perguntas óbvias.

-Qual é seu nome criança?


Já ouço aquela voz aguda me respondendo, numa dicção típica infantil, quem sabe troque o "R"pelo "L" como faz o "Cebolinha".
Conheço seu pais, o casal que lhe acompanha com olhares cuidadosos sem interferir em sua liberdade. Meus amigos de adolescência, eles tem a história de amor mais linda. Depois de tantos anos, mais que se amam, amam a ideia de amar um ao outro. Sempre foi assim. Só a morte os separa. Com 16 anos ele já me falavam dele, escolheram o nome inacreditável daquele roqueiro punk, duvido que tenham posto.
Estou chegando mais perto chegou a hora de falar!

-Mel! Oi! Quanto tempo minha amiga..
. (provavelmente a conversa durou horas, agora nós temos 30 anos)

Informação importante: O nome do menino é, sim, o que eles diziam. Joe!