star

Postado por N. , terça-feira, 3 de agosto de 2010 13:00

Chegou sua vez
Do prazer sem compromissos
Sem olhar cortez
Colares e vestidos

Mais um bemzinho
A estrela da hora
Um toque quentinho
Até que chegue a aurora

Eu achei que estivesse no controle
Me enganei estrela
Você estava em minhas mãos
Eu estava no seu coração

Era mais seu que a dor
Eras externa como o vento
Só perda de tempo
Só temporário calor

Casamento de João Aurélio Alcântara Fonseca de Carvalho Medeiros Cavalcanti de Souza Cruz;

Postado por N. , segunda-feira, 14 de junho de 2010 19:42

Ele não a beijou,
Fez-se sentir os lábios,
A contentou,
Junto ao amor falho.

Sorrindo entredentes,
Falando goteiras,
Pisando em voltas,
Lendo mentes.

Abriu a porta,
Cobriu-a de lençóis,
Levantou a morta,
Penetrou a viva.

Acabou,
ela dor.
Começou,
ele cor.

Passos atuais.

Postado por N. , domingo, 30 de maio de 2010 17:26

Oi,
sei que a algum tempo não estamos andando tão bem quanto antes. O que eu não entendo é: por quê era mais fácil caminhar junto quando ainda descobríamos os nossos passos? Talvez eu, talvez você, prestasse mais atenção, tivesse mais cuidado, não pisávamos no sapato novo, que hoje está surrado.
Lembro quando ainda nos dávamos ao luxo de correr, sentindo voar, a sorrir. Hoje, como tartarugas, nos atropelamos devagar. Em cada pisada a dor. Não é minha intenção, nem sua, penso, fazer doer tanto. E andamos cegas, sem enxergar da outra o pranto.
Eu queria te dizer, que reconheço as pegadas fora do lugar. Mas que, por enquanto, não sei como as aprumar. E também não posso, não consigo, parar de andar. Procuro desesperadamente algo à minha frente, que teima em não chegar.
É minha fraqueza, é minha qualidade, que disfarço com algumas grosserias. Sem aquele velho cortejo, por não ter mais aquela tanta força.

Bem, eu não sei no que não vai dar.

Postado por N. , terça-feira, 25 de maio de 2010 17:17

Sabe a palavra?
Ela pode?
Ou melhor, ela quer?
Sair!

Ela vai?
Eu to esperando aqui fora!
Não tenho tanto tempo!

][

Postado por N. , segunda-feira, 24 de maio de 2010 07:19

oi, meu bem.
Me veja bem.
Pois não te choro
Por você.

E não me peço para ter
Muito menos esquecer,
Essa dor pela qual
Irei.

É meu todo o direito
Amor platónico
Ele eu respeito
Até em meus sonhos.

Que você invadiu
Terra produziu
Quem colheu
Fui eu.

Não vendi
Esqueci
Mensurei.

Nem tentei dividir
Como se fosse meu
Se eu pudesse
Meu amor
Era todo teu.

****

Postado por N. 07:08

Eu quero te dar as costas
e fechar os olhos, sentir o teu fôlego
até não sentir nada.

Logo depois, encontrar-te de novo,
longe da nitidez dos olhos,
perto da sobriedade da mente.
Na minha imaginação enclausurada,
onde reinas eternamente.

Quando a luz vier,
olhar, e olhar...
Até chegar a hora certa,
te beijar,
e te beijar, te beijar...

Quando o que quiser,
não for assim, tão tranquilo.
Saberei vestir-te de vermelho,
abrir o caminho,
e não vestir 
nada.

Não querereis ir alem desta sala,
desse corpo, chama, cama.
não sei se é escuro, é fome.
Mas fecho os olhos, e coma.

Ordem fingida [a]tenta.

Postado por N. 06:54

Boas notícias
Cortam, inibem
Sala de visitas
Quebrada, des[ordem]

Constrangida
Contento, a[tenta]
Sorrir, [fingida]
E esse tempo se sustenta.

Postado por N. 06:41

Nasci, eu sei, agora
Fiz, chorar
Consegui respirar
Não mais calei.

Tic! O início.
Tac! O fim.
Sem grito, choro
Dor, ar.

Sou milhões de segundos
Mas, não o tempo
O silêncio, o infinito.

Não ando me dando
Me passando
Ela está.

Vida, o Porquê, de não se dar.